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O meu amor mariñeiro

O meu amor mariñeiro



"O meu amor mariñeiro", es una canción compuesta por el grupo folk gallego "Fuxan os Ventos", con letra en gallego de Lois Álvarez Pousa, adaptada a partir del poema "A Trova do Amor Lusíada", original en portugués, del poeta y político Manuel Alegre, y música de Xosé L. Rivas Cruz.



imagen corporativa de Fuxan os Ventos en Twitter.

Salió como tema nº 1 en el LP titulado "QUEN A SOUBERA CANTAR", publicado por la discográfica Ruada en 1981.



carátula del LP 'QUEN A SOUBERA CANTAR'


Manuel Alegre, que fue candidato en las presidenciales portuguesas de 2006, compuso este poema en 1961, mientras estaba preso por sus actividades de oposición al régimen de Oliveira Salazar y a la guerra colonial cuando había sido enviado a cumplir el servicio militar en Angola. 



Manuel Alegre de Melo Duarte
(Águeda, 12 may 1936)
cartel de la campaña presidencial de 2006 - Portugal

Basada en el mismo poema, y con el primer verso como título, hay otra canción, de tipo fado, con música de Alain Oulman, cantada por Amália Rodrigues, 'a Rainha do Fado'.

De esta versión hay dos grabaciones: la primera se grabó en 1970, pero fue prohibida por la censura del régimen fascista que gobernaba Portugal en ese momento y no se llegó a publicar hasta el año 2010, cuando se incluyó como Bonus en la reedición de ese año del LP "Com Que Voz", editado originalmente en 1970.

La segunda fue grabada en 1977, después de la Revolución de los Claveles, del 25 de abril de 1974, y se publicó en el LP 'Cantigas numa Língua Antiga' ese mismo año.






Pero la primera versión cantada, con la música y en la voz de Adriano Correia de Oliveira, amigo de Manuel Alegre y compañeros en la lucha contra la dictadura vigente en Portugal, se publicó ya en 1961, con el mismo título del poema, en el EP "Fados de Coimbra".

Esta canción se convirtió en el himno de la resistencia de los estudiantes a la dictadura de Oliveira Salazar.



Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira
(Porto, 9 abr 1942 — Avintes, 16 oct 1982)

Letra:


O meu amor mariñeiro


Meu amor é mariñeiro
e vive no alto mar;
son os seus brazos o vento
ninguén llos pode amarrar.

Meu amor é mariñeiro
e cando me ven falar
pon un carabel nos beizos
no corazón un cantar.

EU SON LIBRE COMO AS AVES
E PASO A VIDA A CANTAR;
CORAZÓN QUE NACE LIBRE
NON SE PODE ENCADEAR.

Traio un navío nas veas
eu nacín pra mariñar;
quen tente porme cadeas
háme primeiro matar!
Vale máis ser libre un día
no confín do bravo mar,
que vivir toda a vida,
preso, escravo e a calar!

El vive alá lonxe, lonxe,
onde brúa o bravo mar,
e coa súa forza inmorrente
onda nós ha de voltar!

EU SON LIBRE COMO AS AVES
E PASO A VIDA A CANTAR;
CORAZÓN QUE NACE LIBRE
NON SE PODE ENCADEAR.

Nun momento, de repente,
eu sei que un día virá,
como se o mar e o vento,
en nós abrise a cantar.

HEI PASAR POLO LUGARES
COMO O VENTO NO AREAL
ABRIR TÓDALAS VENTANAS
COA ESCRAVITUDE ACABAR!

Polas rúas das ciudades
hei de pasar a cantar,
traguendo na mau direita
a espada da libertá.
Como se un navío entrase
de supeto, na ciudá,
traguendo a voar no mástil
bandeiras de libertá!

HEI PASAR POLO LUGARES
COMO O VENTO NO AREAL
ABRIR TÓDALAS VENTANAS
COA ESCRAVITUDE ACABAR!



Ana Graciela Fassi
Mujer y las gaviotas





Letra del fado "Meu amor é marinheiro".





Meu amor é marinheiro

E mora no alto mar

Seus braços são como o vento

Ninguém os pode amarrar.


Quando chega à minha beira
Todo o meu sangue é um rio
Onde o meu amor aporta
Seu coração – um navio.

Meu amor disse que eu tinha
Na boca um gosto a saudade
E uns cabelos onde nascem
Os ventos e a liberdade.

Meu amor é marinheiro
Quando chega à minha beira
Acende um cravo na boca
E canta desta maneira.

Eu vivo lá longe, longe
Onde dormem os navios
Mas um dia hei-de voltar
Às águas dos nossos rios.

Hei-de passar nas cidades
Como o vento nas areias
E abrir todas as janelas
E abrir todas as cadeias.

Meu amor é marinheiro
e mora no alto mar,
Coração que nasceu livre
Não se pode acorrentar.






Poema original de Manuel Alegre "A Trova do Amor Lusíada":

Meu amor é marinheiro
quando suas mãos me despem
é como se o vento abrisse
as janelas do meu corpo.

Quando seus dedos me tocam
é como se no meu sangue
nadassem todos os peixes
que nadam no mar salgado.

Meu amor é marinheiro.
Quando chega à minha beira
acende um cravo na boca
e canta desta maneira:

- Eu sou livre como as aves
e passo a vida a cantar
coração que nasceu livre
não se pode acorrentar.

Trago um navio nas veias
eu nasci para marinheiro
quem quiser pôr-me cadeias
há-de matar-me primeiro.

Meu amor é marinheiro
e mora no alto mar
seus braços são como o vento
ninguém os pode amarrar.

Quando chega à minha beira
todo o meu sangue é um rio
onde o meu amor aporta
seu coração - um navio.

Meu amor disse que eu tinha
uns olhos como gaivotas
e uma boca onde começa
o mar de todas as rotas.

Meu amor disse que eu tinha
na boca um gosto a saudade
e uns cabelos onde nascem
os ventos e a liberdade.

Meu amor falou-me assim:
Ó minha pátria morena
meu país de sal e trevo
meu cravo minha açucena 

Vale mais ser livre um dia
lá nas ondas do mar bravo
do que viver toda a vida 
pobre triste preso escravo.

Eu vivo lá longe longe
onde passam os navios
mas um dia hei-de voltar
às águas dos nossos rios.

Hei-de passar nas cidades
como o vento nas areias
e abrir as janelas
e abrir todas as candeias.

Hei-de passar a cantar
pelas ruas da cidade
erguendo na mão direita
a espada da liberdade.

Ó minha pátria morena
meu país de trevo e sal
sou marinheiro e não esqueço
que nasci em Portugal.

Assim falou meu amor
assim falou ele um dia
desde então eu vivo à espera
que volte como dizia.

Eu creio no meu amor
meu amor é marinheiro
quem quiser pôr-lhe cadeias
há-de matá-lo primeiro.

Sei que um dia ele virá
assim muito de repente
como se o mar e o vento
nascessem dentro da gente

Como se um navio entrasse
de repente na cidade
trazendo a voar nos mastros
bandeiras de liberdade.

Meu amor é marinheiro
e mora no alto mar
coração que nasceu livre
não se pode acorrentar.




Versiones en YouTube:


  • La versión original de Fuxan os Ventos:



  • Versión coral a capella, por el Coro de Oleiros:


Partitura y MIDI:





 





Bonus:







Agradecimientos:
  • En primer lugar agradezco a Jose, el Barbax, residente en Palma de Mallorca, principal responsable de que esta página esté aquí.
  • La imagen de cabecera de esta página es de aquí.
  • La letra está copiada, casi literalmente, de la web musikazblai.
  • La pintura "Mujer y las gaviotas", de Ana Graciela Fassi, está copiada del blog Agarimo.
  • El texto del poema 'Trova do Amor Lusíada' lo encontré en el blog "Amigo Imaginário". Muchas gracias por compartir.
  • La ilustración "amor con amor salado amor marinero", justo antes de Agradecimientos, es de 'Lansaque', copiada de su blog, donde puedes encontrar literalmente cientos de ilustraciones atractivas y sugerentes.
  • La carátula del EP de Adriano Correia es del blog "Guitarra de Coimbra", donde hay más información sobre ese disco.



* enlaces 2307010742

3 comentarios:

  1. Excelente. Felicidades

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  2. Marcos Castro20/4/15, 10:04

    Gran artículo que me ha ayudado a descubrir cuánto más había destrás de la magnífica canción de Fuxan Os Ventos (parte ya de la conciencia musical gallega): ese precioso poema de Manuel Alegre.

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  3. Muchas gracias por toda la info, me encanta esta canción, su letra, y, buscando la partitura, llegué aquí, con lo que sé mucho más de lo que sabía del tema, me encanta como al final dices de dónde has sacado la información, lo que dice mucho de ti,y tu honestidad, tan rara de ver hoy y sobre todo en este medio, en fin, GRACIAS, saludos y ojalá seamos todas un poco más libres cada día

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